sábado, 10 de dezembro de 2011

Desistir? Não conheço!

Quantas vezes já estivemos à beira de um precipício por causa de um misero problema, pensando que seria o fim do mundo? É verdade, faz parte de nós. Somos exagerados desde o primeiro minuto em que começámos a respirar. Mas, há também características boas do ser humano, uma delas a sua força de vontade e determinação que cada um decida a cada coisa. Claro, que, como em tudo, há excepções. Mas esquecendo as demais, no meu entender a capacidade que o ser humano tem de lutar por aquilo que quer, por aquilo que deseja, com o apoio dos verdadeiros ou mesmo contra tudo e todos é inexplicável. Nunca desistem das coisas que realmente lhes são importantes. É bom ser assim, é bom ter objetivos. Umas vezes bem sucedidos outras nem tanto, mas faz parte. Se tudo fosse fácil ninguém daria o devido valor às coisas que são realmente importantes. Certamente, que, todos nós temos objetivos ou coisas que gostávamos de poder ter ou fazer. Nada é impossível, e visto que segundo o que dizem, tudo o que conhecemos e temos para conhecer surgiu de umas micropartículas de pó e foi possível, então definitivamente que tudo será possível! O importante é acreditarmos em nós, nas nossas capacidades e nos nossos ideais e nunca ficarmos sentados à espera que as coisas nos caiam do céu, porque acredita: não vai acontecer! Mostra que és capaz de conseguir o que queres, mostra que és especial! 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cada um por si

Neste mundo há muita coisa que não entendo. Como é que há pessoas capazes de serem tão egoístas ao ponto de pensarem que só elas é que existem? Pessoas que causam estragos sem darem conta e que agem como se nada fosse. Sim, é verdade, elas existem! Pessoas que mudam de faceta como quem muda de roupa. Pessoas que nos magoam, que nos fazem sofrer e que não se preocupam minimamente com isso. Pessoas que pensam ter sempre a razão e na verdade são quem menos a tem. Exato, as pessoas esquecem-se que no mundo existem também outras pessoas, que têm sentimentos, tal como elas, e que perante certas atitudes estas saem magoadas. Certamente que muitos de nós já passaram por fases boas e menos boas na vida, mas o que é certo é que cada um de nós faz da sua vida aquilo que quer, independentemente do que o outro acha ou deixa de achar. Uma pessoa normal, no meu entender, pensa em si, como é óbvio, mas pensa também no outro. Infelizmente, nem todas as pessoas são assim, e muitas das vezes iludimo-nos com elas, na esperança de que elas pensem nem que seja só um bocadinho em nós. Grande erro. Neste mundo já estou por tudo! Pessoas que pensam que têm o rei na barriga mas que na verdade valem 0. Aprende a ignorar quem te ignora, aprende a dar menos importância a quem te menospreza, e assim ninguém fica atrás! O mundo é feito de igualdades, por isso, se querem igualdades para as coisas boas, arquem com as coisas más também! Deixou de ser "um por todos e todos por um" e passou a ser "cada um por si". 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Be yourself

Um vento calmo, uma paisagem fresca e o cheiro a maresia instalava-se no ar. Os seus longos cabelos, suavemente, levantavam voo, como lindos pássaros em pela manhã. O seu olhar esbugalhado e choroso direcionava-se para a encosta onde as ondas batiam com toda a sua força. Ao contrário das ondas, que pareciam cada vez mais fortes, ela, sentia-se destroçada e sem qualquer estímulo. O tempo passara e tudo permanecera igual. Dentro dela surgia uma mar imenso de pensamentos. Não sabia o que fazer. Quer fizesse bem ou mal, era sempre criticada. Sentia-se revoltada por tanto sofrimento acumulado, sentia-se incompreendida, sentia-se sozinha no mundo, não se sentia. Tentava encontrar as respostas às perguntas que à tanto tinham entrado na sua cabeça e que à tanto eram esperadas. Inspirava, expirava. A raiva reinava no ar. Queria estar bem com o mundo, sem ser julgada, sem ter ninguém sempre a opinar sobre o que devia ou não fazer. Queria poder dizer o que desejava, sem ter sempre alguém a repreendê-la ou a culpá-la. Queria apenas viver uma vida pacífica, queria ser feliz. Afinal de contas, estava a sofrer por culpa alheia, sem razão de ser. Estava a ser culpada por culpa alheia. Estava a ser comparada com tal personalidade alheia. A culpa era sempre do outro, mas, era ela, quem arcava com as consequências dos atos do alheio. Ela, queria tomar as suas decisões, queria errar, queria aprender, queria ser livre! Não conheceu, não sorriu, não confiou, não chorou, não lutou, não sofreu, não amou, não partilhou, não viveu, apenas sobreviveu. Foi a atriz perfeita, a fingidora-mor. Viveu uma vida que não era a dela e acabou sozinha. Sê quem realmente desejas ser, sem receios nem medos, enfrenta tudo e todos, luta por tudo aquilo que queres e vive ao máximo a vida. Não há tempo para pensar, só há tempo para viver. Sê tu próprio e dá ao mundo o melhor de ti.   

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Procura-me, se puderes

Quero pensar em algo diferente, mais inspirador, mais sonhador. As ideias fogem-me por entre os dedos, escorregando sem eu dar conta, e desaparecendo entre sons distantes. Adormeço a imaginar rios de palavras que tardam em surgir. Pego na caneta, suavemente, como se estivesse a chamar pelas palavras, uma a uma. Tenho perdido sentimento, força, vontade, não tenho pensado em nada sem nunca esquecer tudo o que aconteceu. Sinto-me vazia, sem energia e o meu pensamento cada vez está mais perto de se tornar num oásis. Estou desejosa por te voltar a ter aqui, comigo. Quando quiseres voltar, eu aqui vou estar para te receber de braços abertos. Minha querida alegria, à quanto te espero!   

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Sonhamos que talvez um dia possamos comprar a mina de cal, quando já não a explorarem mais. Construíremos nela as nossas casas rodeadas de um enorme jardim, criaremos animais e teremos ali tudo o que é necessário para a vida. Fecharemos então o único caminho que conduz até ao fundo do nosso maravilhoso vale. Nenhum de nós sentirá, alguma vez, o desejo de voltar ao mundo exterior."

Os filhos da droga, Christiane F. 

domingo, 2 de outubro de 2011

Vale a pena tentar

Caminhava, aquele longo e infindável caminho. Sentia-se só no meio de tanta gente. A melancolia entrara acentuadamente por si dentro. Meio perdido, nunca conseguiu ou tentou ver o mundo de uma forma melhor, mais sensível e mais unida. Estaria ele destinado a uma vida sem rumo? Não. Claro que não! O futuro da nossa vida somos nós próprios que o fazemos, mas não basta “sonhar” com a vida perfeita, é preciso lutar para tê-la merecidamente. Ainda a caminhar, vê de longe um pequeno banco de madeira. Anseia por lá chegar e ritmadamente acelera o passo. Após a tão desejada chegada àquele banco, sentou-se, e de uma forma comodista, cruzou os braços e ficou a mirar as vistas. Crianças a correr de um lado para o outro, felizes e divertidas, a rir, a brincar. Idosos a passear e a aproveitar as poucas coisas boas que a reformas lhes dá. Tal não era a teimosia que nem assim o seu subconsciente falou mais alto. Continuou sem objectivos, sem saber o que fazer da sua vida. Andava à deriva. Não tinha amigos, porque não queria. E não era alguém porque não queria! Foi então, que, subitamente, lhe aparece uma “luz” à frente. Como é possível tudo mudar de um momento para o outro? A partir desse momento, ele, tornou-se uma pessoa completamente diferente! Estava mais aberto, mais solto, mais confiante e mais solidário para com os outros. Estava disposto a ajudar seja quem fosse, sabia ouvir os outros, estava uma pessoa nova. Quando estamos bem, por vezes esquecemo-nos de dar valor àquilo que realmente nos fez estar em cima. Pois, acontece! Estamos muito contentes na nossa vida que nos esquecemos que sem a ajudar dos outros não seríamos quem somos. A dita “luz”, desaparece repentinamente. A princípio, ele, nem notou a sua falta, mas com o passar do tempo, tudo se foi desmoronando, pouco a pouco. Estava de novo, cada vez mais só, pobre de espírito, mau encarado e desistente. A vida é assim, quanto mais alto se sobe maior é queda, e não há nada deste mundo ou do outro que consiga fugir à excepção. Nunca deu valor àquilo que o ajudou a ser alguém na vida, e quando menos esperou, a vida deu-lhe um aviso. É o que a maioria das pessoas faz. Usa e abusa daquilo que fez dela a pessoa que é nos dias de hoje, e quando não precisa mais deita fora. Não vale a pena as pessoas tentarem ser aquilo que não são. Quem mostra aquilo que é realmente, é muito mais feliz, muito mais admirado, sendo ou não do agrado dos outros. Cada um é como é e os outros só têm que respeitar. Mostra quem realmente és, e terás dos outros o melhor que eles terão para te dar. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Be a woman

10:25. Lá vinha ela, como já se tinha tornado habitual, com o cabelo todo despenteado e os seus olhos esbugalhados ainda sonolentos e de almofada debaixo do braço. Costumava pedir à sua mãe leite com bolachas para o pequeno-almoço. Nesse entretanto foi sentar-se no sofá a ver os seus desenhos animados favoritos. Para ela, o mundo era um conto de fadas, com príncipes e princesas e com histórias de finais felizes. Quando a mãe ali tivera chegado para lhe dar o pequeno-almoço, disse: “Mãe, quando for grande quero ser com a cinderela”. A mãe, sem saber o que dizer, sorriu-lhe docemente e perguntou-lhe o porquê daquela sua escolha. A filha fez uma pausa e disse: “Porque ela é linda, forte, e conseguiu vencer as bruxas más e ficar com o seu príncipe encantado”. A mãe, tendo também já sido filha e criança, reviu-se na situação da filha, respondendo-lhe: “Hás-de ser uma Grande Mulher”. A criança sorriu e continuou muito animada a ver os desenhos na televisão. Sonhos de criança, quem não os teve? O tempo tivera passado e a criança que queria ser como a cinderela, afinal já não era assim tão criança, e como tudo muda, os sonhos não eram excepção. Agora o seu verdadeiro sonho era ser super modelo. Era muito vaidosa, estava constantemente em frente a um espelho e adorava o ambiente das passarelas e das luzes que se sobrepunham ao brilho das modelos. Novamente, mas desta vez com mais convicção, disse à mãe que queria ser uma super modelo conhecida nacional e internacionalmente. A mãe, sabendo já como era verdadeiramente a vida real, disse-lhe sorrindo: “Hás-de ser uma Grande Mulher”. A filha que agora já era mais crescida, começava a desconfiar do que a mãe lhe dissera. Tempos depois, a criança deixou de o ser e tornou-se numa adulta persistente, convicta e segura das suas próprias decisões. Era então ela que, agora, tomava as suas decisões e arcava com as consequências das suas acções.

19:15. Sexta-feira. Chega a casa, depois de uma cansativa semana de trabalho. Senta-se no sofá e liga a televisão. Por coincidência (ou não) estava a passar o filme da cinderela. Para ela, o tempo retrocedeu até àquele dia em que tinha decidido ser como a cinderela. Sorriu para aquele ecrã rectangular e emocionada, pensou: “Bem dizia a minha mãe que eu iria ser uma Grande Mulher”. Tinha então chegado a hora do juízo final. Ergueu-se e disse bem alto: “Não importa o que sonhamos ser, não importa o que dizíamos ou fazíamos quando éramos criança. O que realmente importa é que esses tais sonhos que naquela altura eram tudo para nós e que com o passar do tempo se foram alterando e ficando cada vez mais apagados ou esquecidos, fizeram de mim, a criança, uma Grande Mulher. Sim, porque as Grandes Mulheres são aquelas que escolhem o que querem para as suas vidas, quer agrade ou não à pessoa alheia, não é aquela que não foge à regra com medo de cair e segue o caminho de uma qualquer para evitar o sofrimento e coleccionar os sorrisos. A Grande Mulher é aquela que luta pelo que quer, que sofre por quem ama, e que dá tudo pelo outro”. Não sejas diferente, marca a diferença.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Não são só coisas boas

Quando pensamos que o mar foi invadido por uma onda gigantesca de emoções e felicidade, o que há tanto tivera sido desejado, o sentimento vivido nesse pleno momento é inexplicável. Mas, porém, e depois de tanto esforço para aquelas rosas caírem ali naquele mar, veio diante de uma enorme escuridão, uma tempestade forte e inabalável. Eis agora uma boa ocasião para se dizer o que já o velho senhor dizia e que nós tanto desprezávamos por estarmos cegos de felicidade. “Uma tempestade nunca vem só”. Uma verdade ali exposta escancaradamente à frente dos nossos olhos cobertos de felicidade e que só nos dias de hoje se parecia mais com a verdade que o Homem queria ouvir. Quando realmente estamos felizes e contentes com a nossa vida, pensamos que já nada de mal nos pode acontecer e que já nada nos pode derrubar, pois juntamente com aquele manto de felicidade veio também um pote de confiança que deu um empurrãozinho àquele vazio que ocupava o lugar da confiança saudável e habitual do ser humano. Assim, confiantes e felizes, sentimo-nos como um super herói, capaz de enfrentar tudo e todos. E é então que aparecem as malditas tempestades que vieram de arrasto com a primeira. Imediatamente, e sem qualquer forma de reacção possível, é-nos arrancada a confiança e a felicidade à tão pouco conquistada e usufruída como quem retira o caule a uma planta acabadinha de rebentar. Aí, a nossa auto-estima desce repentinamente como uma pedra desliza do cimo de um penhasco de inclinação máxima. Costuma dizer-se que “Quanto mais alto se sobe maior é a queda”, mas neste caso a culpa não é nossa. Ou talvez até seja! Seremos nós tão ingénuos ao ponto de confiar em alguém, dando-lhe o melhor de nós, ou serão os outros que, a nossa vista merecem tudo o que há de melhor no mundo, quando o que eles merecem na realidade são pessoas iguais ou ainda pior do que elas? Exacto, boa pergunta e agora sim, surge uma grande dúvida em relação ao culpado de uma queda tão grande. Mas, como ninguém pode ou deve julgar ninguém, porque ninguém é melhor que ninguém e vivemos num mundo de pessoas diferentes, acabamos por nos culpabilizar pela dita queda. Grande erro. Ninguém é perfeito, sim é verdade! Todos nós já errámos nem que tenha sido uma vez na vida, sim é verdade! Mas ninguém tem o direito de roubar a felicidade a ninguém, quer seja para seu próprio benefício ou não. Lembra-te sempre que, hoje plantas amanhã colherás. Luta contra as guerras defendendo a paz e afirma sempre que precisamos uns dos outros para viver porque caso contrário não estaríamos a viver mas sim a sobreviver. Tenta sempre ser independente do outro mas ao mesmo tempo nunca deixes de lhe sorrir. Tenta ao máximo ser a pessoa mais feliz do mundo, mas nunca estragando a felicidade alheia. Infere que todos juntos seremos mais felizes e que ninguém sobrevive sem um ombro amigo. Preserva sempre aquilo que tens de bom e guarda o que tens de menos bom, mas nunca o deites fora ou tentes esquecer! É errado, e embora à primeira vista possa parecer o que é melhor para ti, é justamente o oposto. As coisas boas ajudam-nos a ser felizes e as coisas más ensinam-nos a viver. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Nunca ninguém sorriu assim.

Por vezes podes pensar que não estou presente, que me afasto porque quero, que já não me lembro de ti ou até mesmo que já nem sequer me preocupo, mas é a ironia a falar por si. É precisamente o contrário, a cada instante que passa me lembro cada vez mais de ti! Não sei o porquê, só sei que quando me lembro de ti, relembro tudo aquilo por que já passamos. Foram muitas coisas em apenas dois anos, coisas boas e coisas menos boas. O que é certo é que hoje, estou aqui a escrever-te isto, e isso só pode significar uma coisa: a nossa amizade sobreviveu a tudo isso! Sabes, quando olhava para ti via uma miúda divertida e carinhosa, mas nunca me imaginei a poder dizer-te isto assim desta maneira. Com o passar do tempo, quando nos começámos a conhecer melhor apercebi-me de que a primeira impressão que tinha tido tua estava certa, mas incompleta. A cada minuto que passava ia tendo uma ideia nova em relação a ti. Quanto mais te conhecia mais te queria conhecer. Foram muitos momentos que passámos juntas, aulas, intervalos, tardes, dias, meses e dois anos sempre sem nos largarmos! É óbvio, e como tudo na vida, que, houve alguns altos e baixos, como é normal, mas esses baixos só serviram para termos mais força e conseguir alcançar os altos que existiram no nosso caminho. Serviram para fortalecer a nossa amizade! E mesmo agora, depois de um ano, separadas em distância mas nunca em pensamento, fizeste coisas por mim que nunca me irei esquecer e nunca te conseguirei agradecer o suficiente por isso. Foste também muito especial, importante e sobretudo amiga quando me juntaste com aquela pessoa muito especial para mim, fizeste o que mais ninguém foi capaz de fazer e hoje eu agradeço-te imenso por teres feito o que fizeste! Há amizades assim, e a ti eu devo-te imenso! És muito mais do que uma amiga, és uma verdadeira e inesquecível irmã e eu nunca irei esquecer-te e esquecer tudo aquilo por que já passámos juntas! Amo-te <3 

terça-feira, 5 de julho de 2011

O tempo não volta atrás

O tempo escasseia a cada segundo que passa. As horas passam e o relógio avança. Com uma velocidade hiperbolicamente superior à velocidade da luz, sente, os anos, os dias, as horas, os minutos, os segundos e os milésimos de segundo a passar. Esperanças e desejos não correspondidos. Guerras, apaziguamentos, lutas, derrotas, vitórias. O tempo avança cada vez mais. Olhando aquela maravilhosa e reconfortante paisagem, através da janela da sua casa, vê o pôr-do-sol e diz: amanhã será outro dia. Farto de viver contra tudo e contra todos, sente falta do que realmente o faz sentir-se vivo. O som dos aplausos, os assobios, as lágrimas que inundam aquele sítio de felicidade. Era tudo isto que o fazia sentir-se bem, sentir-se em ‘casa’. Com todas aquelas memórias apenas conseguia revoltar-se contra si mesmo pensando como foi capaz de desperdiçar todo aquele tempo com as ditas ‘guerras’. Neste mundo onde  tudo passa a correr não há tempo a perder, não há tempo para pensar, apenas há tempo para agir e viver porque parar é morrer! Não há tempo para choros, desistências, medos ou inseguranças. Só há tempo para aprender a viver. É tempo de viver, porque o tempo não volta atrás

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Another world outside of me

Quando entrou sentiu um enorme calor a subir-lhe pelo corpo acima. Sentia-se bem. Estava tudo muito calmo, não havia qualquer ruído que se desse conta, não havia nada fora do normal que o chamasse à atenção, apenas havia um cheiro que lhe era familiar. Procurava por tudo o que era espaço, algo que o pudesse ajudar a encontrar-se, mas em vão. No meio de tanta coisa, tanta coisa desprezável, não havia maneira de se encontrar. O cheiro continuava no ar. Depois de muita agitação na procura de si mesmo, entrou no estado de pura melancolia. Deitou-se no chão de madeira, virado para o tecto que unia aquelas quatro paredes que lhe pareciam cada vez mais acolhedoras. Lembrou-se de como o vento lá fora enrolara as folhas que caiam das árvores. Tentou desfazer-se desse gélido pensamento. Lembrou-se das noites passadas em volta da lareira a beber chocolate quente, a conversar, a rir e a sorrir. Lembrou-se dos abraços, dos sermões, das alegrias e das tristezas! De repente, vieram-lhe à memória todos aqueles anos já passados, como se pura e simplesmente estivesse a ver umas fotografias que estavam fechadas num gaveta à muitos anos. Levantou-se e olhou à sua volta, entusiasmado. Voltou a procurar, desta vez, já sabendo o que tivera de encontrar, mas novamente em vão. Desesperado, já não sabia onde haveria de procurar o que à tanto desejara encontrar. Foi como se de repente, o calor que sentira inicialmente, se tivesse transformado num enorme glaciar. Estava frio, estava só, estava triste, estava desiludido. Saiu à rua, na esperança de encontrar alguém, mas deparou-se num mundo ainda mais triste do que o “seu mundo”. As pessoas acumulavam-se na rua, e havia correrias e encontrões em todas as esquinas. Idosos a precisarem de ajuda e jovens com olhares egoístas e despreocupados; animais mal tratados e abandonados; rios de dinheiro com afluentes no cariz humano; o pior do mundo ali exposto mesmo à frente dos seus próprios olhos. Era o egoísmo humano destes seres intoleráveis que co-habitavam com ele. Cidadãos estes que enchiam o mundo de coisas sem interesse algum, como se enchessem uma confortável almofada de penas para se deitarem nela. Importunado com tudo isto, decidiu agir, tomar uma decisão. Entrou dentro daquelas quatro paredes que cada vez mais lhe careciam um sentimento familiar. Desiludido por ter assistido à maior tristeza global, foi sentar-se no cadeirão junto da lareira. Manteve-se em silêncio, e muito tempo depois de não ter quebrado esse silêncio infernal, decidiu então, quebrá-lo. “É triste. É desumano. É desprezável. É injusto. É ingratidão. É egoísmo. É a realidade. Infelizmente, ainda há crueldade!” Voltou a sentir aquele calor inicial e apenas lhe passou uma coisa pelo pensamento: “Triste e sozinho, mas feliz por nunca negar o carinho”. 

domingo, 22 de maio de 2011

Era o Outono a chegar

Um dia quando acordou, viu que estava sozinha, sentiu um enorme arrepio a estender-se pelo seu corpo abaixo. Levantou-se e foi abrir a janela que tinha um paisagem marítima e primaveril.  Estava frio, e o Sol não aparecera. Sentou-se no cadeirão perto da janela, ainda meio ensonada, e ficou a olhar os barcos que por ali passavam, enquanto esperava que o Sol aparecesse. Adormeceu e sonhou com um dia de Sol, cheio de alegria, de risos e sorrisos, sobretudo um dia para recordar. Quando acordou, sorridente, por ter tido tal sonho, abriu a cortina e viu que o Sol ainda não tivera aparecido. Ao ver que nada tivera mudado desde o momento em que adormeceu, começou a sentir-se com se não tivesse liberdade nenhuma. Tentou abrir a janela, e não conseguiu. Sentiu-se presa diante daquelas quatro paredes frias e secas. Sentiu falta de Sol, de energia, de força e de emoção. Era o Outono a chegar.   

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Perdido

Partindo num pequeno barco
Esquece tudo e todos
Refugia-se num mundo à parte
Desesperado por nunca mais poder voltar
Indiferente ao resto do mundo
Desonrado por tal injustiça
Obriga-se a partir… 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O pedido está ausente

Cada vez o mundo está pior, as ruas estão piores, as estradas estão piores, o ar que respiramos já não é tão puro como à uns tempo atrás, as florestas estão secas, a Primavera está chuvosa e o Outono é quente. Cada vez o mundo está pior, cada vez o mundo está mais cheio de pessoas que só sabem olhar para o seu umbigo, cada vez o mundo está mais rico. Mais rico em coisas pobres. Estamos num mundo de indivíduos traiçoeiros, invejosos, mentirosos, racistas, preconceituosos, sádicos, indivíduos que quando se vêm ao espelho vêm o mundo. Para eles, o mundo são eles próprios. Pessoas que não sabem partilhar, não sabem viver em função dos outros, apenas vivem em função de si mesmas, como se fossem os reis do mundo, como se só elas existissem neste mundo de coisas fúteis. O pedido foi feito, as pessoas contestaram, concordaram, e até cumpriram. Cumpriram durante os dois primeiros segundos após o pedido ter sido aceite. Fala a desumanidade, fala a voz que não tem nada de jeito para dizer, falam todos aqueles que pensam ser o máximo e que na verdade são os maiores inúteis. O pedido continua ausente. 

A mais pura de todas


Nada começou com falsidades, nada começou de uma forma forçada, tudo começou espontaneamente. Primeiro, uns sorrisos, depois uns “olá”, depois umas brincadeiras, umas idas para a casa uma da outra, umas saídas ao zoo, ao cinema, a festas de anos, umas idas para a escola sempre juntas e, assim, se foi criando a grande amizade que hoje temos. Já lá vão 15 anos e alguns meses, já nem sei bem. O que é facto é que cada vez sinto que posso confiar mais e mais em ti, e nunca me arrependi de nada que tenha feito contigo. Desde os banhos que tomávamos juntas, aos pequenos-almoços, lanches, jantares em que estávamos sempre juntas, desde as nossas brincadeiras às bonecas, aos papás e às mamãs, ao carnaval, tudo! Tudo o que fiz, e farei contigo, quero recordar para sempre! És mais do que uma conhecida, mais do que uma amiga, mais do que uma melhor amiga, és uma irmã! Sinceramente, se me perguntassem agora se conseguia viver sem ti, sem todos os momentos que já passámos, sem as memórias que guardo no meu coração, eu diria que NÃO! Já não me consigo imaginar a viver sem ti, já passámos por tanto, quer de bom quer de mau, e nunca desistimos da amizade que há tanto construímos! Conversas, mensagens, sorrisos, confianças, desabafos, brincadeiras, choros, desilusões, ajudas, já passámos por tudo isto, e cada vez sinto que é isto que me dá força para continuar a construir a nossa amizade. Sim, porque as verdadeiras amizades não são aquelas de dois meses, as verdadeiras amizades são aquelas que se constroem ao longo da vida! Por mais brigas que hajam nunca vamos deixar de estar unidas, e essas brigas só irão servir para nos unir mais ainda e vai-nos fazer acreditar que nada nem ninguém consegue destruir a nossa amizade. És uma irmã, amo-te desde sempre até sempre!  

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ainda não te encontrei...

Por aqui, por ali, por mais becos e ruas em que te procure nunca te encontro. Na floresta, no meio de tantas árvores, fico sem respiração só por saber que ainda não te encontrei. No mar, afogo-me só de saber que estás tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Sinto-te cada vez mais perto, mas mesmo assim ainda não te encontrei. Talvez não seja a altura certa para te encontrar, talvez não seja pela minha insistência que te irei encontrar mais depressa, talvez tenha de acontecer naturalmente, sem pressas nem esforços de ninguém, mas sinto dentro de mim um enorme vazio por não te ter perto de mim. Sinto falta de alguém que me complete, que me faça feliz, que me faça sorrir, que me beije, que me abrace, que confie em mim, que me diga que me ama pelo que eu sou e não pelo que eu tenho. Olho para o céu e vejo que nas nuvens estás tu e, que um dia eu hei-de lá chegar e ficar contigo para sempre, mesmo que demore…