domingo, 2 de outubro de 2011

Vale a pena tentar

Caminhava, aquele longo e infindável caminho. Sentia-se só no meio de tanta gente. A melancolia entrara acentuadamente por si dentro. Meio perdido, nunca conseguiu ou tentou ver o mundo de uma forma melhor, mais sensível e mais unida. Estaria ele destinado a uma vida sem rumo? Não. Claro que não! O futuro da nossa vida somos nós próprios que o fazemos, mas não basta “sonhar” com a vida perfeita, é preciso lutar para tê-la merecidamente. Ainda a caminhar, vê de longe um pequeno banco de madeira. Anseia por lá chegar e ritmadamente acelera o passo. Após a tão desejada chegada àquele banco, sentou-se, e de uma forma comodista, cruzou os braços e ficou a mirar as vistas. Crianças a correr de um lado para o outro, felizes e divertidas, a rir, a brincar. Idosos a passear e a aproveitar as poucas coisas boas que a reformas lhes dá. Tal não era a teimosia que nem assim o seu subconsciente falou mais alto. Continuou sem objectivos, sem saber o que fazer da sua vida. Andava à deriva. Não tinha amigos, porque não queria. E não era alguém porque não queria! Foi então, que, subitamente, lhe aparece uma “luz” à frente. Como é possível tudo mudar de um momento para o outro? A partir desse momento, ele, tornou-se uma pessoa completamente diferente! Estava mais aberto, mais solto, mais confiante e mais solidário para com os outros. Estava disposto a ajudar seja quem fosse, sabia ouvir os outros, estava uma pessoa nova. Quando estamos bem, por vezes esquecemo-nos de dar valor àquilo que realmente nos fez estar em cima. Pois, acontece! Estamos muito contentes na nossa vida que nos esquecemos que sem a ajudar dos outros não seríamos quem somos. A dita “luz”, desaparece repentinamente. A princípio, ele, nem notou a sua falta, mas com o passar do tempo, tudo se foi desmoronando, pouco a pouco. Estava de novo, cada vez mais só, pobre de espírito, mau encarado e desistente. A vida é assim, quanto mais alto se sobe maior é queda, e não há nada deste mundo ou do outro que consiga fugir à excepção. Nunca deu valor àquilo que o ajudou a ser alguém na vida, e quando menos esperou, a vida deu-lhe um aviso. É o que a maioria das pessoas faz. Usa e abusa daquilo que fez dela a pessoa que é nos dias de hoje, e quando não precisa mais deita fora. Não vale a pena as pessoas tentarem ser aquilo que não são. Quem mostra aquilo que é realmente, é muito mais feliz, muito mais admirado, sendo ou não do agrado dos outros. Cada um é como é e os outros só têm que respeitar. Mostra quem realmente és, e terás dos outros o melhor que eles terão para te dar. 

2 comentários:

  1. Joana escreves tão bem :) Dizias tu que não estava nada de jeito, não sabes o que dizes.

    Os teus textos fazem pensar sobre tudo, principalmente os erros da vida...

    Muito bom mesmo :D

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  2. ohh obrigada mesmo! e acredita, que hás-de escrever tão bem ou melhor que eu! é uma questão de inspiração :b
    beijinho

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