sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Be yourself

Um vento calmo, uma paisagem fresca e o cheiro a maresia instalava-se no ar. Os seus longos cabelos, suavemente, levantavam voo, como lindos pássaros em pela manhã. O seu olhar esbugalhado e choroso direcionava-se para a encosta onde as ondas batiam com toda a sua força. Ao contrário das ondas, que pareciam cada vez mais fortes, ela, sentia-se destroçada e sem qualquer estímulo. O tempo passara e tudo permanecera igual. Dentro dela surgia uma mar imenso de pensamentos. Não sabia o que fazer. Quer fizesse bem ou mal, era sempre criticada. Sentia-se revoltada por tanto sofrimento acumulado, sentia-se incompreendida, sentia-se sozinha no mundo, não se sentia. Tentava encontrar as respostas às perguntas que à tanto tinham entrado na sua cabeça e que à tanto eram esperadas. Inspirava, expirava. A raiva reinava no ar. Queria estar bem com o mundo, sem ser julgada, sem ter ninguém sempre a opinar sobre o que devia ou não fazer. Queria poder dizer o que desejava, sem ter sempre alguém a repreendê-la ou a culpá-la. Queria apenas viver uma vida pacífica, queria ser feliz. Afinal de contas, estava a sofrer por culpa alheia, sem razão de ser. Estava a ser culpada por culpa alheia. Estava a ser comparada com tal personalidade alheia. A culpa era sempre do outro, mas, era ela, quem arcava com as consequências dos atos do alheio. Ela, queria tomar as suas decisões, queria errar, queria aprender, queria ser livre! Não conheceu, não sorriu, não confiou, não chorou, não lutou, não sofreu, não amou, não partilhou, não viveu, apenas sobreviveu. Foi a atriz perfeita, a fingidora-mor. Viveu uma vida que não era a dela e acabou sozinha. Sê quem realmente desejas ser, sem receios nem medos, enfrenta tudo e todos, luta por tudo aquilo que queres e vive ao máximo a vida. Não há tempo para pensar, só há tempo para viver. Sê tu próprio e dá ao mundo o melhor de ti.   

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